O óleo de transformador é também é bom para luxação no ombro?
Me falaram que ele e muito bom, um colega meu estava com uma dor no joelho e passou o óleo e sarou.
Durante a década de 80 quando chefiei Divisão de Construção e Manutenção da Eletropaulo, era comum receber a visita de pessoas solicitando um pouco do óleo de transformador para usar como tônico muscular.
Evidentemente eu negava o fornecimento, e tentava explicar o que é o “óleo de transformador”.
Os óleos isolantes, também conhecidos como óleos de transformador, são fluidos, estáveis a alta temperatura, dotado de elevadas características isolantes. São empregados em transformadores elétricos, reatores de potência, capacitores de alta tensão, chaves e comutadores e outros equipamentos elétricos. Suas principais funções são garantir o isolamento elétrico, extinguir descargas elétricas parciais e arcos elétricos e servir como meio de troca térmica para a refrigeração do equipamento.
De acordo com a Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico – FISPQ , o óleo isolante para uso em transformadores, é toxico se inalado e causa irritação à pele, além de possuir ação corrosiva.
O pior, é que alguns transformadores e principalmente os capacitores, podem ainda conter o ascarel, que já foi muito utilizado como fluido isolante.
O ascarel é o nome comercial no Brasil de um óleo resultante da mistura de bifenila policlorada (PCB) com hidrocarbonetos derivados do petróleo. Trata-se de uma substância tóxica persistente, cujo uso foi abolido, nos termos da Convenção de Estocolmo, em razão dos danos que pode causar à vida humana e ao meio ambiente.
O ascarel foi utilizado como isolante em equipamentos elétricos, sobretudo transformadores e capacitores, e seu uso em novos aparelhos foi proibida no Brasil em 1981, mas pode ainda existir equipamentos abandonados contendo esse produto. O maior risco é o de vazamento, quando do desmonte desses equipamentos para venda como sucata. Um eventual vazamento pode causar sérios danos ambientais, incluindo não só a contaminação do solo, mas também das águas, em especial, dos lençóis freáticos. Os riscos à saúde também são grandes: os PCBs são carcinogênicos, afetando sobretudo fígado, baço e rins. Além disso, podem causar danos irreversíveis ao sistema nervoso central.